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Cidades do Vale do Taquari contabilizam estragos e repensam futuro

Resumo

As enchentes no Vale do Taquari destacam a vulnerabilidade das comunidades rurais e a urgência de medidas de infraestrutura e apoio governamental para enfrentar desastres naturais. A recuperação econômica e emocional das populações afetadas depende de uma resposta coordenada e sustentável, que considere tanto a reconstrução imediata quanto a adaptação a futuros eventos climáticos extremos.

Enchentes Devastam Vale do Taquari no Rio Grande do Sul

Em um intervalo de apenas oito meses, três enchentes históricas destruíram cidades inteiras no Vale do Taquari, região central do Rio Grande do Sul, que inclui dezenas de municípios com forte presença da agricultura familiar e uma até então próspera agroindústria.

Cenário de Destruição

Após a mais recente catástrofe, a região se assemelha a uma zona de guerra, com pontes destruídas, casas em ruínas, entulho e lama por todos os lados, e a população profundamente abalada. As enchentes, que começaram no final de abril, afetaram quase todos os municípios gaúchos. Cidades como Roca Sales e Arroio do Meio estão entre as mais devastadas, com importantes rodovias, como a BR-386, tendo ficado temporariamente inacessíveis devido às inundações.

Uma das imagens mais impactantes viralizou na internet: a ponte da rodovia federal sobre o Rio Taquari, na entrada de Lajeado, quase totalmente submersa. Fábricas e lojas nas margens do rio, incluindo uma unidade da rede Havan, foram encobertas pela água.

Impacto em Colinas

O prefeito de Colinas, Sandro Herrmann, descreveu o impacto das enchentes em seu município, onde o rio Taquari subiu 24 metros acima do nível normal. Em setembro, a cheia foi 2,20 metros acima da maior registrada anteriormente, e a enchente mais recente superou isso em mais 2 metros. Mais de 300 casas e 1,4 mil pessoas foram diretamente afetadas, representando quase 60% da população local.

Estragos em Infraestrutura

A ponte da rodovia estadual RS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio, foi levada pela correnteza do Rio Forqueta. Desde 15 de maio, uma passarela improvisada pelo Exército tem sido a única forma de travessia para pedestres. Trabalhadores como Simone Feil dependem dessa travessia para manter suas atividades, enfrentando dificuldades logísticas significativas.

Acomodações e Mudanças

A jovem Letícia Elegeda decidiu se mudar para Venâncio Aires após ver sua cidade, Arroio do Meio, severamente afetada pelas cheias. Mesmo após mudar para um bairro mais alto após a enchente de setembro, sua casa foi novamente atingida.

Resposta Governamental

O governador Eduardo Leite anunciou a construção de uma nova ponte entre Lajeado e Arroio do Meio, com um custo estimado de R$ 14 milhões e previsão de conclusão em 180 dias. Enquanto isso, outra passarela provisória para pedestres será instalada.

Preocupação Econômica

Leonardo Friedrich e sua namorada Mariana Cásper expressaram preocupação com o futuro econômico da região, temendo a viabilidade das empresas locais após repetidas destruições. Sandro Herrmann, prefeito de Colinas, também destacou as dificuldades enfrentadas por empreendedores que perderam estoques e equipamentos em múltiplas enchentes.

União Comunitária

Em Colinas, a Igreja Evangélica Luterana se transformou em um centro de distribuição de donativos. Marcos Roberto, presidente da comunidade luterana Corvos e Colina, relatou como sua propriedade foi atingida e a necessidade de abrigar sua família na igreja por vários dias.

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