Fisiculturista sofre parada cardíaca e morre após competição em Santa Catarina
O fisiculturista Antônio Souza, de 26 anos, faleceu no último sábado (3), poucos minutos após conquistar o terceiro lugar no Navega Open, uma importante competição de fisiculturismo em Santa Catarina. A causa provável da morte foi uma parada cardíaca, possivelmente provocada pelo abuso de diuréticos. Infelizmente, Antônio não é a primeira vítima dos exageros do esporte noticiada em 2024; o número de casos fatais só cresce.
Dr. Rodrigo Schröder, especialista em performance esportiva e referência em comunicação sobre saúde, com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, afirma que, com o devido acompanhamento, o fisiculturismo pode não apenas ser seguro, mas também bastante saudável.
“A morte em fisiculturistas, especialmente em períodos próximos a competições, geralmente está mais associada ao exagero nas práticas extremas de preparação do que ao esporte em si. O fisiculturismo, quando praticado com supervisão adequada e de maneira responsável, não deveria ser fatal e é inclusive saudável”, afirma o médico.
Há diversos fatores de risco que podem levar a complicações severas e até fatais. Segundo Dr. Rodrigo, a prática que possivelmente levou Antônio a óbito é uma das mais perigosas. “O uso de diuréticos pode levar à desidratação extrema, desequilíbrio eletrolítico e insuficiência renal”. No entanto, esse não é o único perigo. “O uso de insulina para aumento de massa magra também é perigoso e pode ser fatal. Sem contar o uso excessivo de anabolizantes de mercado paralelo, que unem dois riscos: não saber o que de fato está tomando e a dificuldade do conhecimento da verdadeira concentração, podendo causar problemas cardíacos e hepáticos.”
Para aqueles que admiram o esporte e não querem enfrentar riscos, Dr. Rodrigo Schröder afirma que é possível competir e manter a saúde. “A chave está na preparação consciente, nutrição adequada e uma boa orientação profissional. Muitos atletas alcançam alto desempenho com uma abordagem equilibrada e saudável.”
Existem categorias que não permitem o uso de esteroides e realizam testagens antidoping. No entanto, nem todas as federações adotam essa prática. “Em algumas federações e categorias, para você ser realmente competitivo, é muito difícil sem o uso esteroidal. Isso é uma lástima para o esporte”, lamenta o médico.
Dr. Rodrigo também critica as federações que não exigem testagem antidoping. “Todas deveriam cobrar o antidoping. Ajudaria bastante na prevenção de casos como esse e na saúde dos atletas, que não precisariam se expor a riscos para serem competitivos.”
Apesar dos riscos, o fisiculturismo oferece benefícios quando praticado com moderação e cuidado. “Se praticado com moderação e cuidado, o fisiculturismo ajuda no aumento da força, melhora da composição corporal e aumento da autoconfiança.”
Sobre Rodrigo Schröder
Dr. Rodrigo Schröder é formado em Medicina, com residência em Ortopedia e Traumatologia. Entretanto, foi em sua pós-graduação em Nutrologia Esportiva e Medicina do Esporte e no mestrado em Nutrição e Dietética que ele se encontrou. Hoje, ele é um dos maiores profissionais do país em Medicina e Performance Esportiva. Em sua agenda de consultas, ele atende celebridades do entretenimento como Vera Fischer, Anderson Leonardo, Bárbara Coelho, Rodriguinho, entre outros; e do esporte, como Bárbara Seixas, Lara Nobre, Diego Alves, entre outros.